Campanha Novembro Azul alerta para prevenção do câncer de próstata em todo o Brasil

Após Outubro Rosa, chega Novembro Azul, mês de conscientização masculina, especialmente sobre o câncer de próstata.


Não é só a cor dos laços que muda de um mês para o outro. Logo após o rosa lembrar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, começa o Novembro Azul. A campanha, em vez de ter como foco as mulheres, alerta para a saúde do homem. E como o câncer de próstata é um dos mais frequentes no sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele, voltam-se as atenções à doença. Segundo estatísticas, a cada seis homens, um é portador do mal. 
Hygino Pellachin Ribeiro dos Santos, de 54 anos, descobriu recentemente que integra essa estatística. Emocionado, mas cheio de coragem, ele não se envergonha nem dos exames, nem de assumir que passará este mês por um procedimento cirúrgico para ficar bem. Pelo contrário: “Seja homem!”, alerta. 
Para Hygino Santos, ser homem não é apenas esperar a doença aparecer. É ter a tranquilidade de saber que vai colocar a cabeça no travesseiro, com a certeza de que faz o possível por ele, pela família e por todos os que o amam.
“Isso é respeito com o próximo, com a tua família, com as pessoas que gostam de ti e que sofrem por ti. Tem que ter essa consciência de que, se ficar doente, vão cuidar de você. Por isso, temos que nos cuidar. As pessoas têm que se conscientizar. Inclusive as próximas, que sei que não fazem o exame”, pede ele.
Em tratamento, Hygino conta que todo ano passa por exames. Em 2013, seu PSA estava normal. PSA é a sigla em inglês de Prostate Specific Antigen, ou Antígeno Prostático Específico. É uma substância produzida pela próstata que circula no sangue e, por isso, pode ser verificada num simples exame sanguíneo. 
Ano passado, o PSA de Hygino estava normal. Neste ano, deveria marcar até 3.100 miligramas por litro (na escala da idade), mas estava em 3.670. Era o sinal de alerta para o pedido de biópsia. 
“Fiz a biópsia, que causa uma dor totalmente suportável, mesmo sem sedação, que foi como fiz. E após constatar um carcinoma acinar, o médico me deu a notícia. Claro, ninguém fica feliz em saber que tem câncer. Ninguém nem gosta de falar essa palavra. Mas agradeço por poder saber antes e poder tratar”, diz ele, emocionado. 
Estatísticas
69 mil casos - É a expectativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para o número de pacientes com câncer de próstata neste ano. Destes, um em cada 34 deve morrer da doença.
47 homens já morreram em 2014, em consequência da doença, só em Santos. Em 2013, foram 43. E só até o mês passado na Cidade, já foram 34. Na campanha do ano passado, 904 exames de dosagem de PSA foram realizados em novembro.
Há chance de cura
Segundo o especialista em Urologia Fábio Atz Guino, o estágio da doença é vital para o sucesso do tratamento. Quando verificada no início, tratamento e cura são mais eficazes. 
“Quando a doença já está mais avançada, não tem como tratar e curar. Só se faz o tratamento paliativo”, explica o especialista. 
As chances de cura dependem de uma escala, chamada Gleason. Nos exames, os médicos colocam qual pontuação a doença atingiu. Quanto menor o número, maior a chance de cura. De dois a quatro pontos, existe cerca de 25% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata, em dez anos. 
Se a pontuação Gleason for de cinco a sete, há em torno de 50% de chance de o câncer se espalhar para fora da próstata em uma década, com dano em outros órgãos, afetando a sobrevida. Já de oito a dez, são 75% de chances – segundo dados do Instituto Lado a Lado pela Vida. 
Por isso, é recomendável fazer como Hygino: passar pelos exames PSA e de toque todo ano a partir dos 45 anos de idade ou a partir dos 40, caso haja casos de câncer na família.
“A gente tem mil oportunidades na vida. Tem que agarrar, tem que se cuidar. O segredo é ver no começo. Preconceito não leva a nada”, adverte Hygino.

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